Alvos de prisão por fraude na saúde do Rio são investigados pelo MP há 6 anos

Quatro dos cinco alvos de mandados de prisão nesta quinta (23), em operação que investiga supostos desvios de R$ 6,5 milhões em contratos do Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (Iabas) com a prefeitura do Rio de Janeiro, já foram investigados pelo Ministério Público fluminense.

CNN levantou que Luis Eduardo Cruz e Simone Amaral da Silva Cruz, presos em Campinas, interior de São Paulo, foram investigados em 2018 e chegaram a ser presos também por integrarem uma organização criminosa que desviou R$ 6 milhões em dois anos. 

Marcos Duarte da Cruz aparece em uma apuração de 2014 do MP do Rio no qual é apontado como o responsável pelas compras do Iabas — segundo os investigadores, as autorizações para compra eram suspeitas.

Já o empresário Francesco Favorito Sciammarella Neto foi denunciado em 2016 por sonegação fiscal de taxas cobradas para exportação de materais. 

Segundo informações do Ministério Público e da Polícia Civil, os quatro foram presos por integrarem “complexo esquema criminoso para a dissimulação do desvio desses recursos, com repasses fraudulentos de verbas para empresas intermediárias prestadoras de serviços”.

Os investigados são suspeitos de desviar mais de R$ 6,2 milhões dos cofres públicos com o pretexto de realização de serviços de exames laboratoriais, jardinagem nas unidades de saúde, aluguel de veículos e manutenção predial por quatro fornecedores.

Em nota, o Iabas ressaltou que não tem mais ligação com o ex-diretor Luis Eduardo Cruz. “O Iabas está colaborando com as autoridades, mas ressalta que mantém estritos padrões de comportamento ético e legal e que presta regularmente contas de suas ações aos órgãos de controle das entidades contratantes e aos Tribunais de Contas. Todas as suas prestações de contas relativas aos contratos com a prefeitura do Rio foram aprovadas, apenas as informações de 2019 ainda estão sob análise.”

By Giseli Aguiar

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